A Batucada dos Nossos Tantãs
Fundo de Quintal é um grupo de samba formado no Brasil no final da década de 1970. Surgido a partir do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, da cidade do Rio de Janeiro, o grupo tornou-se uma referência original no subgênero pagode[1][2].
Composto principalmente por sambistas da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, o Fundo de Quintal se caracterizou por usar instrumentos — até então pouco comuns em rodas de samba — como o banjo, o tantã, o repique de mão[1][2]. Registre-se que, no Fundo de Quintal, o banjo usado, era (e ainda é) o famoso banjo-cavaquinho, instrumento inventado por Almir Guineto (um de seus expoentes) e seu parceiro do também grupo musical Originais do Samba, Mussum (o comediante). O grupo inicialmente era composto pelos sambistas Almir Guineto, Bira Presidente, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mais tarde, Arlindo Cruz e Walter Sete Cordas integraram o conjunto musical. Após a saída de Walter, Cleber Augusto e Zeca Pagodinho fizeram parte do grupo. Atualmente o grupo é composto por Ademir Batera, Ronaldinho, Sereno, Bira Presidente, e Ubirany.
Tendo como “madrinha” a cantora Beth Carvalho, o grupo gravou vários álbuns, alguns deles discos de Ouro e Platina[2]. Alguns de seus maiores sucessos são “A Batucada dos Nossos Tantãs“, “E Eu Não Fui Convidado”, “Boca Sem Dente”, “Ô, Irene”, “O Show Tem Que Continuar”, “Do Fundo do Nosso Quintal”, “Só pra Contrariar”, “Miudinho”, “Bebeto Loteria”, “Não Vai na Conversa Dela”, “”Vai Lá Vai Lá””, “Parabéns pra Você”, “Andei, Andei”, “Malandro Sou Eu”, “Tô Que Tô”, entre outros[2].
Fonte: Wikipedia
Letra
A Batucada dos Nossos Tantãs
Composição: Adilson Gavião / Robson Guimarães / Sereno
Samba, a gente não perde o prazer de cantar
E fazem de tudo pra silenciar
A batucada dos nossos tantãs
No seu ecoar, o samba se refez
Seu canto se faz reluzir
Podemos sorrir outra vez
Samba, eterno delírio do compositor
Que nasce da alma, sem pele, sem cor
Com simplicidade, não sendo vulgar
Fazendo da nossa alegria, seu habitat natural
O samba floresce do fundo do nosso quintal
Este samba é pra você
Que vive a falar, a criticar
Querendo esnobar, querendo acabar
Com a nossa cultura popular
É bonito de se ver
O samba correr, pro lado de lá
Fronteira não há, pra nos impedir
Você não samba mas tem que aplaudir